sábado, 30 de outubro de 2010

RAP - Ritmo e Poesia


Assim como Emotional Hardcore é o nome de batismo da tribo que veio a ser popularmente conhecida como EMO. O Rythm and Poetry (ritmo e poesia) é o termo usado ao estilo RAP.

O RAP é originário da Jamaica. Surgiu nos anos 60 e foi difundido nos Estados Unidos, uma década depois quando os jamaicanos expandiram o movimento.







O estilo detém uma batida acelerada, com a letra em tom de discurso, muita informação e quase nenhuma melodia. Composta muitas vezes por letras autobiográficas, que revelam as dificuldades da vida, especialmente das regiões periféricas das grandes cidades.

As gírias são outra marca do movimento, bastante comuns nas letras de rappers.

  • Atropelo: Invadir o espaço de outro grafiteiro.
  • Break: Dança típica do rap que contém movimentos como o Giro de cabeça, rabo de saia, além de saltos mortais são alguns passos do break.
  • Bomb: Forma contraída de bombardeio: grafites feitos sem autorização.
  • Crew: Turma de grafiteiros que se reúnem para grafitar juntos.
  • Coxinha: Policial
  • Crocodilagem: Traição
  • DJ: Disc-jockey ou operador discos. É o responsável de encontrar músicas, compositores e editar as batidas.
  • Freestyle: Disputas de MCs no improviso.
  • Grafite: Manifestação de arte com objetivo de transmitir uma mensagem, no geral, de protesto.
  • Grafiteiro: O que faz grafite.
  • Hip Hop: Hip = quadril, Hop = salto. União de elementos como o rap, o break, o grafite, DJ.
  • Mano: Designação de um membro do grupo reconhecido como igual.
  • Mil grau: Afirmação de quem valoriza e apóia a atitude do outro.
  • Na gringa: No exterior.
  • Produção: Grafite que atinge todas as classes.
  • Rap: Rythm and Poetry (ritmo e poesia). É a música produzida por DJ e rappers com letra falada ou declamada.
  • Rapper: Cantor do rap.
  • Sampling: As técnicas de produção de uma música a partir de pedaços de outras.
  • Toy: Grafiteiro ruim.
  • Wild style: Estilo de grafite em que as letras são de difícil leitura.
  • Zé Povinho: Indivíduo de atitude duvidosa.

Veja outras gírias, no Blog do Juca.

As danças têm movimentos ligeiros e malabarismos corporais.
  • Break: Dança típica do rap que contém movimentos como o Giro de cabeça, rabo de saia, além de saltos mortais são alguns passos do break.

Sou o "Mc" Fulano...

O Mc é o responsável pela junção da mixagem com a letra em forma de poesia e protesto. É o Mestre-de-Cerimônias.



quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Uma paixão sem limites


Torcedores enfrentam longas viagens para acompanhar seus times e demonstrar amor e dedicação incondicionais pelos seus clubes de futebol

Anteriormente, foi feito uma narrativa contando como é um dia de jogo para uma torcida organizada . O blog Nas Tribos apresenta 4 perfis de integrantes de diferentes torcidas, para entender melhor esse universo da paixão pelo futebol.



Felipe Duarte - Torcida: Força Jovem do Vasco
(Clube de Regatas Vasco da Gama)

Felipe mora em Volta Redonda-RJ, tem apenas 17 anos e desde 2007 participa de torcida. "Nesses 4 anos aprendi o suficiente para ser um Força Jovem de verdade." O amor pelo Vasco e a admiração pela torcida, o fez escolher participar dessa organizada. Neste ano, Felipe fez a sua primeira viagem para acompanhar seu time fora do Rio de Janeiro. Ele enfrentou 6 horas de viagem de ônibus para acompanhar Palmeiras e Vasco no Estádio do Pacaembu, na cidade de São Paulo: "A primeira caravana a gente nunca esquece, foi muito responsa!"

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Fernando Laudilino dos Santos - Torcida: Gaviões da Fiel
(Sport Club Corinthians Paulista)


Por incentivo de amigos, Fernando, 19 anos, resolveu entrar para os Gaviões da Fiel. Ele mora no municipio de Carapicuiba, Zona Oeste de São Paulo e já foi para vários lugares ver o Corinthians jogar. "Já fui para o Rio de Janeiro, Minas Gerais, Curitiba, Santa Catarina, Goiania, Rio Grande do Sul. Para caravanas no interior de São Paulo como Ribeirão Preto, Araraquara, Presidente Prudente, Barueri, Santos." Mas para ele o jogo e a viagem que mais marcou foi o título brasileiro em 2005 contra o Goiás, em Goiania. Fernando já passou por várias situações de perigo estando em torcida "Quem está em uma torcida organizada tem que estar disposto a tudo" porém, para ele vale muito a pena: "Estar na arquibancada com a família Gaviões, cantando e vibrando com o coração, incentivando o Coringão a ganhar mais uma partida!"

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Jair Augusto - Torcida: Torcida Uniformizada do Palmeiras
(Sociedade Esportiva Palmeiras)

Jair, 22 anos, mora em Cuiabá-MT, longe da casa do seu time de coração: o Palmeiras. Mas, apesar da distância ele faz parte de uma torcida organizada desde 2002: "Entrei pra Torcida pelo meu time. Acredito que somos a voz do 'povão' em geral na arquibancada, além de sempre estarmos presente em todos os lugares." Jair escolheu participar da T.U.P pois se identificou com a ideologia: "Ela em primeiro lugar ama o Palmeiras e depois outras coisas. Algumas torcidas amam em primeiro lugar a 'organizada' para depois amar o clube." Para ele a melhor coisa que existe dentro de uma torcida são as amizades e o respeito, não importando a classe social ou cor.

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Rodrigo Hubert - Torcida: Leões da Fabulosa
(Associação Portuguesa de Desportos)

Há quase 10 anos na Torcida, Rodrigo, 27 anos, atualmente é diretor de bateria e das faixas e bandeiras da Leões da Fabulosa. Ele logo se identificou com o clube e com a torcida, por morar perto do seu time do coração. Rodrigo já viajou várias vezes para torcer pela Portuguesa: "Já fui para Curitiba, Rio, Minas, Manaus, Belém, Florianópolis e várias outras cidades. Geralmente a viagem é cansativa porque muitas delas demoram cerca de 6 a 18 horas, como em Anapólis em Manaus que foram 8 horas de avião e mais 4 de balsa" Para ele vale todo o esforço: "O que me motiva é a história da torcida que sempre se fez presente nos estádios e também a paixão pelo time."
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Não são só os homens que participam de uma torcida e amam seus clubes de futebol. Apesar de ser um esporte predominantemente masculino, as mulheres também viajam para ver uma partida, participam ativamente de torcida e amam seus times. Cada vez mais a participação feminina é tão expressiva dentro da torcida que são criados núcleos, faixas e bandeiras para elas:




Nucléo feminino da torcida Inferno Coral
(Santa Cruz)



Comando Feminino da torcida Império Alviverde
(Coritiba)




Slogan criado para a torcida feminina da Jovem Fanautico
(Naútico)


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Veja também: Este site fala de todas as torcidas organizadas do Brasil, com várias fotos, entrevistas e informações como o Estatuto do torcedor.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Tribo ou profissão?

Pode um hobby se transformar em profissão? Temos lido aqui no blog que as tribos são formadas por pessoas que tenham gostos em comum; citando o professor André Arruda: "tribo urbana não é um conceito nem uma categoria acadêmica", mas o que fazer quando o gosto resolve interagir com o ambiente profissional?
Desde 2007 eu participo de uma tribo, ou melhor, uma Orquestra. A Filarmônica Educacional SoArte possui o diferencial de ser um conjunto não somente formado por músicos profissionais, mas também amadores, envolvendo crianças e idosos, não importando a classe social. Ou seja, a entrada é livre para qualquer um que saiba tocar um instrumento, queira conviver mais com a música e saiba manter compromissos para vários finais de semana.
No meio dos instrumentos se encontram distintas profissões, desde o professor até o arquiteto, mas nos sábados de manhã o objetivo desses mais de 80 componentes é um só: fazer música. Na mistura de idades, histórias e conhecimentos, a dificuldade está em conciliar todos esses talentos, aparentemente escondidos durante a semana, mas que vêm à tona quando estão à frente de uma partitura e de um regente.A música, muitas vezes, começa como um simples divertimento, mas essa "distração" pode crescer. Entre os instrumentistas da Orquestra SoArte, também se encontram aqueles que almejaram mais e hoje já são músicos profissionais. Para alguns essa arte pode ainda ser vista como puro entretenimento, mas a cada dia esse mercado tem crescido e há espaço para aqueles que se dedicam e estudam muito, já que a concorrência é grande. Aqui no blog as tribos são levadas a sério e o mero "gostar" pode se tornar uma formação acadêmica. No SoArte você encontra tanto aqueles que veem a orquestra como um compromisso do fim de semana (a ser levado a sério, mas não no patamar de uma profissão) como aqueles que sustentam suas vidas tocando um instrumento. Não importa se temos outras ambições, ou se nosso sonho é ser o novo talento da música; o que importa é que quando nos reunimos, nós fazemos uma das coisas que mais gostamos e mostramos o nosso talento, seja em uma tribo ou em uma profissão.

sábado, 23 de outubro de 2010

Entrevista II


Dando continuidade às entrevistas com profissionais que lidam com o comportamento humano, a conversa de hoje é com a psicóloga Nora Rabinovich. Ela nos conta qual a importância de fazer parte de um grupo, como isso afeta o homem e a influência disso na vida em sociedade.


Nas Tribos
:
Por que é importante, do ponto de vista psicológico, as pessoas se reunirem em grupos/ tribos?

Nora Rabinovich: O grupo quando sintoniza com nossas necessidades psicológicas permite desenvolver no indivíduo o sentimento que proporciona segurança emocional. Assim a pessoa sente-se protegida, apoiada, transmitindo o sentido de pertencimento, tão raro ao ser humano que se reconhece como gregário.

Nas Tribos: Não pertencer a um grupo, com interesses em comum, pode causar problema psíquico?

Nora Rabinovich: Os grupos podem funcionar como curadores sociais e a convivência atua como vacina contra as ameaças à saúde física e mental. Em determinados momentos de fragilização do indivíduo, tais como situações conflitivas e de vulnerabilidade, as relações sociais intensas e positivas vivenciadas nos grupos promovem companhia e prazer.

Nas Tribos: Qual o poder de influência do grupo em seus membros?

Nora Rabinovich: As identificações entre os pares promovem uma validação da identidade do sujeito e assim a autoestima dos seus membros fica preservada. A vida em grupo ajuda a conter angustias individuais.
Muitas vezes o contágio emocional entre os membros evidencia-se com clareza. O espírito de grupo: “um por todos, todos por um” proporciona desenvolvimento individual e grupal quando o objetivo é positivo. No entanto quando ansiedades e defesas dos seus membros cristalizam-se manifestam-se também estados regredidos que tomam conta do psiquismo. Vale dizer também que quando o grupo não reflete as necessidades do indivíduo , o sentimento de incompreensão podem ser potencializados chegando até extremos de fobia social e isolamento.


crédito da foto: totodacabeca.blogspot.com

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Na balada - The Clubbers



Qual a balada de hoje?
Não se contenta em assistir a um filminho no sabadão
na TV que enfeita a estante da sala?
Seus amigos não param de te ligar,
de enviar torpedos, twittar loucamente?
Aquela roupa nova parece te chamar para ser usada na sexta à noite?
Você precisa muito jogar conversa fora,
rever os amigos depois de uma semana cheia
de coisas na faculdade,
beber, dançar madrugada adentro?




Caso considere ser detentor das características citadas...
Saiba então que você é um clubber, ou melhor dizendo, um legítimo baladeiro!

A balada hoje é aqui e você não está sozinho na curtição.
O Nas tribos te apresenta o perfil de 5 baladeiros de carteirinha.

WE ARE BALADEIROS!

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Nully ( no meio) e amigos
Nully Nunes passou das três décadas de vida, mas não difere a atual idade com a de de quando estava no alto dos 20. Baladeiro, o cabeleireiro não considera justo o preço das bebidas nas boates (o que também não o impede de ir ao menos uma vez por mês). Normalmente acompanhado por cinco fiéis amigos, Nully revela que balada é sinônimo de pegação, dança... Na utilização do bom termo “zoação”. Segundo ele, muitas baladas estendem, além de madrugada afora, a manhã seguinte - o chamado “after”. Alguns lugares oferecem opções mais diversas, como piscinas (as Pool Parties). “Sair de balada vale a pena porque é uma terapia”, afirma o cabeleireiro.

Veja as baladas preferidas de Nully: The Week e Bubu Lounge Disco

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Michelli Gonçalves
Michelli Gonçalves tem 24 anos. Nasceu em Bauru, mas mora em São Paulo há 2 anos. O número oscila entre 1 e 2, as vezes em que ela costuma sair para baladas semanalmente. Embora transite entre as principais danceterias da capital, Michelli revela que não gasta um centavo na noite paulistana: “Tenho contato com amigos que são sócios de algumas casas noturnas de SP, e acabo entrando na lista VIP”. Assim que a maioridade foi apontando, a jovem tornou-se uma baladeira. Desde os 17, 18 anos costuma sair sempre com os mesmos amigos, que para Michelli, não se restringe meramente a pista de dança. “Balada me distrai. É curtição. É risada com os amigos sempre... Me faz bem!

Veja as principais baladas frequentadas por Michelli: Pink Elephant, Disco Club, Café de la Musique, Anzu (em Itu)

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Raquel (à esquerda) e amigos
A programação do final de semana está sempre garantida para Raquel Awade: BALADA! A jovem de 23 anos, natural de São Paulo, costuma desfrutar a night cerca de oito vezes por mês. Para cada uma delas, as contas da moça não ultrapassam R$ 50 (normalmente o valor do estacionamento), pois normalmente não paga para entrar em casas noturnas. “Não tenho com o que perder a noção. Controlo os dias que vou sair para não gastar muito com gasolina e estacionamento", comenta. Raquel afirma ter um grupo fixo de "baladeiros" e que a importância da balada está em se divertir e socializar.

As baladas que não saem da lista de Raquel: Pink Elephant, Royal CLub, Mokai, Disco Club

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Hoje David Martins vive capital, mas quando principiava a tornar-se
o baladeiro que é, embora a grana curta, não perdia a oportunidade e se deslocava de Jundiaí às baladas de Sampa."Se eu tivesse dinheiro sempre eu saía". Eclético, aos 23 anos, o jovem aprecia uma grande variedade de estilos: forró, clubes de música eletrônica, baladas GLS e espaços sertanejos. "Quando saio para balada me transporto a outra realidade", afirma. Ele revela ainda jamais sair sozinho, pois sempre está acompanhado de amigos e familiares ao menos dois finais de semana por mês.

David assistindo show de dj em balada

As preferidas de David na noite paulistana: Expresso Brasil, Coração Sertanejo, Porto Alcobaça

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Fabriccio em balada à fantasia
Frabriccio tem 21 anos. É solteiro. É universitário. E também é baladeiro. Costuma reunir-se com os amigos, em média oito vezes por mês. Em cada balada, entre as mais caras e as outras menos, o jovem desembolsa cerca de cem reais. "Antes eu não tinha noção do quanto gastava quando saía. Hoje em dia tenho, porque trabalho e gasto meu próprio dinheiro", comenta. Fabriccio afirma não há um grupo fixo de balada. Há amigos que costumam sair juntos, o que vai gerando novas apresentações por meio de amigos em comum e, consequentemente, gerando novas amizades. Além da diversão, o universitário aponta que a grande importância das baladas está em formar boa parte da vida social.

Algumas das baladas que Fabriccio curte: Heaven Club, Gambiarra, Kiss, Royal CLub, Vila Country

Assista ao vídeo sobre os "The Clubbers"



Indicações para a curtição na night:

- Noite Paulistana o blog que liga você ao que rola na cidade mais balada do Brasil

- Balada Certa o site que te deixa a par sobre as principais baladas, festas e shows do Brasil.


terça-feira, 19 de outubro de 2010

Você está assistindo?


No último episódio você acompanhou a história de Naruto. Também nele uma pergunta foi lançada. O que seria um Otake? E uma Otame? Otake é considerado o menino ou o jovem que acompanha animes e mangas, sendo o feminino disso Otame.

Apresento para finalizar esse matéria um anime e manga que busquei que se distanciasse da ideia pre concebida que temos, achando que esse é um universo infantil e nada construitvo.


XXX Holic

É um anime e manga que aborda de uma forma simbolista, mitológica, religiosa problemas de vícios (holic em inglês) do nosso cotidiano e que as vezes nem percebemos que temos e que prejudicam a nós e as pessoas que nos cercam. A história começa com um rapaz, um estudantes de ensino médio, órfão, introspectivo e atrapalhado que sofre de atormentações espirituais. Certo dia enquanto caminhava, cansado e exausto é "atacado" por um desses espíritos. Momentos depois, avista uma bela casa que jamais a havia notado. Uma força estranha o atrai para dentro da casa e. ao entrar é recepcionado por 2 pequenas garotas que o conduz até a sua mestra.Ella na verdade é uma feiticeira que realiza o seu mais profundo desejo, mas sempre pegando algo em troca.

Ela promete ajudar ele, porém em troca ele terá que trabalhar para ela nos afazeres domésticos. Enquanto trabalha pra ela, ele presencia várias pessoas, com os mais variados problemas e grau de desespero procurando pela feiticeira. Presencia desde pessoas com problemas de mentira compulsiva, baixa auto-estima, excesso de confiança, vicio de tecnologia, até espíritos desencarnados com dificuldades de se desprenderem do mundo material. Algumas dessas histórias tem desfechos trágicos, outro felizes.

O desenrolar

Nos 10 primeiros episódios e nos primeiros mangas, a história é retrata uma moça que por uma força estranha, também sem entender o que estava acontecendo entra na mansão da feiticeira. A
a feiticeira pergunta se ela tem algum desejo, algum problema que gostaria de solucionar. A moça fala que tem uma ótima vida, um bom emprego, um namorado, que é muito feliz, realizada e que o único problema que a incomoda é que seu dedo mindinho a algum tempo não se mexia. Então,
a feiticeira prontamente lhe dá um anel para colocar no dedo, e a alerta ela, sobre algum possível problema que ela tenha, e que ela teria que mudar seu modo de ser, mas a moça reafirma que não tem problema nenhum, agradece o anel e vai embora.

O rapaz que trabalha para feiticeira (que é muito sensível espiritualmente) percebe que do anel sai uma "fumaça misteriosa" e que somente ele vê. Ele começa a seguir a moça, pra saber o que acontece com ela e descobre que, na verdade, ela é uma mentirosa compulsiva. Toda pessoa que ela encontra em seu caminho, conta algo diferente da realidade dela. E quanto mais ela mente, mais da fumaça sai do anel. Consequentemente, mais partes do corpo dela começam a se paralisar. Até, que quando ela ia atravessar a rua, ela acaba perdendo totalmente os movimentos do corpo, e é atropelada e morre. A fumaça pode ser vista como a cegueira que as mentiras provocam, o quanto as mentiras sufocam a pessoa que as conta.

E que se a pessoa que tem isso, não acordar rapidamente, não tentar se livrar desse vício (o de contar mentiras) poderá ter graves consequências em sua vida. Claro que não a perca de movimentos e possível morte. A morte e a paralisação tem o significado da perda de sua liberdade. Afinal quem mente, não é livre, pelo contrário, é preso pelas mentiras que conta.

E assim XXX Holic se desenrola, mostrando vários problemas, desde comuns, até os ligados a mitologia japonesa refletidos na área espiritual.

A estudante Danatiele Segato, de 22 anos, que acompanha a muitos anos XXX Holic , comenta: “ É assim o aprendizado que ele pode lhe oferecer, depende da forma como você se entrega ao assistir um anime. Se você sentar na frente do computador ou TV pensando que é algo infantil, que não vai te ajudar em nada, realmente, ele te passará essa mensagem. Mas se você se posicionar como, eu quero aprender algo com isso, eu quero apreciar os traços do desenho, a qualidade, a música, a dublagem, com certeza será muito prazeroso.”

Todo anime, todo manga, todo filme, enfim, todas as narrativas nos apresentam múltiplos elementos, uma variedade de histórias que se cruzam e nos ensinam algo. Aprender ou não com aquilo depende (como mesmo salientou Danatiele) da forma que você encara. Não quero com isso defender nenhum anime ou manga que parece sem nexo, mas é inegavél que tudo que nos é estranho, é geralmente mais condenado. Talvez para preservar a nossa cultura, nossas verdades não tão inabaláveis optamos por querer rejeitar logo de cara.

O tema desse blog é justamente esse. Convivendo com tribos urbanas podemos aprender algo que está além de qualquer comportamento transmitido por elas. Podemos aprender a deixar de lado o esteriótipo, o lugar comum. Para que nunca viu sua vida detrás para frente, talvez seja uma boa simbologia para experimentar algo. Até mais!

sábado, 16 de outubro de 2010

Você já assistiu?

Anime é originário da cultura japonesa. Engana-se quem acredita que ele é mera distração para crianças. Os "otakus” e a “otame” que fazem parte dessa matéria nos ajudam a compreender esse universo paralelo de linhas e sonhos.

Eles são estudantes. Suas idades variam entre 14 e 17 anos. Não se reúnem para jogar ou falar de futebol. Suas falas dizem em certos momentos muito mais da cultura oriental, do que dos nossos próprios trópicos. Apresento-lhes: Alan, Ricardo, Junior e Bruno. Também, apresento-lhes: Naruto.
Esse último nome não faz parte dessa tribo. Não fisicamente, como um ser que se alimenta, mas alimenta a mente desses jovens com histórias de heroísmo que, por sua vez, alimentam o imaginário de toda a Humanidade. Ele é a razão para que eles se reúnam todas as semanas, tornando-os, assim, uma tribo, pois compartilham não só ideias como também, uma variedade de objetos desse anime que os apresentarei nas próximas linhas. Por favor! Fiquem atentos a tela do monitor para não perderem nada.

Com vocês: Naruto.

Naruto (criação de Mmasahi Kishimoto), é um anime estilo shonen (voltado mais para o sexo masculino), que conta história de um garoto que sonha em ser o guerreiro mais forte da sua vila, o qual se denomina hokage. O mundo desse anime é composto por cinco nações. Aliás, você sabe qual a diferença de Anime e Manga? Verifique no final da matéria, no item saiba mais*

Cada nação ou país tem uma vila e nelas existem um guerreiro que é considerado mais forte. O esquema abaixo ajudará na compreensão.
Nação Vila Líder
Água Névoa
Mizukage
Fogo Folha Hokage
Vento Areia Kazekage
Terra Pedra Tsuchikage
Trovão Nuvem
Raikage

Essas são as cinco maiores nações ninjas, mas existem outras menores. Portanto, esse é um anime que fala sobre ninjas, cujos vilões da história pretendem destruir a vila que mora o personagem de Naruto.
Alan que, gentilmente, me cedeu a entrevista revela o porque acompanha esse anime: “Há muito tempo eu acompanho Naruto, acho a história legal e tem uma trama envolvente, sobretudo, gosto da personalidade do protagonista, a sua maneira de nunca desistir e sempre acreditar em si mesmo e correr atrás dos seus sonhos”. Você pode até não acompanhar ou detestar qualquer tipo de anime, mas é inegável que nos motivamos seja com um personagem de um livro, uma série de TV, por seres reais ou virtuais que nos demonstrem coragem e sabedoria. Os vilões podem até nos encantar em certos momentos, contudo, torcemos para que no fim o bem sempre triunfe.

A entrevista não termina aqui e vocês poderão acompanhar o desenrolar dela ainda essa semana, acessando esse blog. No próximo capítulo conhecerá o que é um “otake” e uma “otame”. Até lá pessoal!

*Saiba mais: Manga é como o nosso gibi, mas ele é lido de trás para frente. Já o Anime se assemelha com um desenho animado. Tanto um como o outro, tem origem, muitas vezes, baseadas em mitos japoneses. Atualmente, o manga Naruto está em seu capítulo 511 e é semanal.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Cybermanos: Uma tribo da periferia

A música possui papel fundamental na formação cultural e nas experiências sociais dos jovens, principalmente nas grandes metrópoles. Na cidade de São Paulo, por exemplo, podemos identificar diversos grupos que se juntam por possuir um gosto musical em comum, como por exemplo, os Punks, os Metaleiros, os que gostam de Hip Hop, cada um mostrando um comportamento e se vestindo de acordo com a escolha de seu gênero musical. Pretendo falar aqui de uma tribo que surgiu a partir da música, os Cybermanos, que passaram a existir a partir de uma outra denominada Clubbers.

A cultura club surgiu a partir do consumo de música eletrônica (house, techno, jungle, trance e seus derivados). Os espaços sociais dessa tribo são os clubes noturnos e as raves. Visualmente os Clubbers possuem um visual característico onde predomina o colorido, o uso de muitos acessórios como pulseiras e colares extravagantes.

Tudo começou na Grã-Bretanha em meados de 1980, quando jovens começaram a se identificar com a música eletrônica. Esta cultura espalha-se por outros países e chega ao Brasil apenas na década de 90. Em São Paulo, houve um grande crescimento de casas noturnas adotando esse estilo musical. Segundo Cláudia Assef no livro Todo DJ já sambou: a história do disc-jóquei no Brasil, nasceram clubes como Nation e Sra Krawitz, que viraram referencia no lazer noturno dos jovens de classe média e alta da capital paulista. Moradores das regiões mais periféricas da cidade também aderiram a este gênero de musica, virando opção de lazer e constituindo espaços para ouvir um som, encontrar e conhecer novas pessoas.

Ainda em 1990, surge o grupo inglês The Prodigy, que exerceu grande influencia nesses jovens, principalmente pelo visual colorido, mas com referencias do Punk (visual mais agressivo, como o uso de moicanos coloridos). Esse grupo influenciou muito o nascimento da tribo deste post, os batizados como Cybermanos.



O cyber (de cibernético) mano (giria utilizada normalmente nas periferias) foi denominado assim por outros grupos, e pelos próprios Clubbers, por eles serem de regiões mais pobres e por não possuírem sempre um dinheiro para pagar a entrada nas casas noturnas. Além disso, os Cybermanos se diferenciam dos Clubbers também pelo visual mais agressivo, utilizando desde o visual do moicano e utilização do coturno (baseado no grupo The Prodigy, como dito acima).

Gilmar Varela, 33 anos, viveu no ápice da cultura Cybermano: “cresci vendo o rock ter seu auge, porém sempre fui fã incondicional de música eletrônica e suas infinitas variações, a mistura do rock/eletrônica nada mais é do que a trilha sonora das próximas gerações. Eu tive o prazer de estar anos à frente das grandes massas por já ouvir esse estilo musical e cultural com as bandas como Prodigy, Daft Punk, Chemical Brothers”. Ele saia da Zona leste para frequentar os clubes de música eletrônica do centro: “fiz centenas de amigos e amigas que juntos tinham o mesmo ideal que era curtir os momentos bons com uma boa música.”

Porém nem sempre os Cybermanos tinham uma vida sossegada. Várias outras tribos, principalmente os Skatistas, Skins e Rappers, sempre arranjavam briga com eles: “de 2000 pra cá os Cybermanos diminuíram bem, pois começou a rolar muitas mortes. Era briga todo fim de semana e por puro preconceito ou disputa de território mesmo” relembra Gilmar. “Antes éramos iguais a gangues, a gente tinha que sair de turma, porque se rolasse briga estávamos mais preparados, já que o jeito de cada um se vestir era bem identificado”. Para Gilmar as brigas entre tribos não acabaram, mas diminuíram, já que hoje em dia as pessoas possuem gostos ecléticos. "Ainda existem sim [os Cybermanos], mas não nos moldes de antes, hoje tudo se mistura, em especial às roupas. Todo mundo curte de tudo, o cara numa noite vai ouvir um reggae, depois um rap. No outro dia vai ao pagode. Antes não, cada tribo tinha um determinado gosto musical e seu visual. Era olhar e identificar”.

Na edição 1627 da revista Veja do dia 8/12/1999, o jornalista Celso Masson comenta mais sobre esse fenômeno Cybermanos e as brigas com seus maiores rivais: os Skatistas.

Crédito foto: www.erikapalomino.com.br

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Dica de Filme: Vidas sem Rumo

Não é de hoje que fazer parte de um grupo é complicado, sempre existiu e sempre vai existir uma divisão feita naturalmente e sem a gente perceber. Isso acontece, como já foi mencionado aqui no blog, por afinidades e diferenças que as pessoas têm entre si.

Para ilustrar vou comentar sobre o filme “Vidas sem Rumo” do diretor Francis Coppola do ano de 1983.

Com grandes nomes do cinema, desconhecidos até então, como Patrick Swayze, Matt Dilon, Tom Cruise, Diane Lane, entre outros, o filme mostra a vida de um grupo de amigos tipicamente americanos entre 14 e 18 anos em plenos anos 80.

Os adolescentes pertencem a duas tribos: uma denominada Socs (dos meninos mais abastados) e a outra greasers (classe trabalhadora). A rivalidade é nítida desde o começo e às vezes levada ao extremo.

O personagem principal narra a história de uma forma que faz o telespectador refletir sobre algumas coisas que vemos até hoje nas ditas “tribos”.

O que mais me chamou a atenção foi o poder do grupo sobre seus membros. A vontade do todo vale mais do que a individual, e isso gera certo desconforto já que a qualquer momento o desejo pessoal pode vir à tona e mudar toda uma dinâmica já pré-estabelecida e costumeira a todos.

A quebra de valores também está presente trazendo a reflexão de até onde somos capazes de ir para defender alguém próximo. O que somos capazes de fazer quando o grupo está ameaçado?

Existe algo dentro de cada um que nas horas mais cruciais que nos fazer reagir, certo ou errado, não me cabe julgar, mas que fique para ser pensado: Como nossas atitudes em grupo afetam nossas próprias vidas e daqueles a nossa volta e se isso não pode trazer alguma mudança de postura perante a sociedade.

Enfim, meu intuito aqui era traçar alguns pontos chaves do filme que se encaixam com o tema do blog e aguçar a curiosidade de vocês para assistirem. O filme vale a pena, eu recomendo.



crédito da foto: http://www.araraquara.com/blogs/cinelide/2009/09/23/vidas-sem-rumo-doces-marginais.html

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Tribos em séries: bullying

Quando surge algo novo e diferente o ser humano tende a rejeitar essas mudanças, como bem foi explicado na entrevista com o professor André Arruda. O problema é quando a rejeição vem acompanhada de agressão. Uma prática que, infelizmente, é muitas vezes comum e praticada principalmente nas escolas é o bullying.

Bully é o termo em inglês para brigão e o verbo significa ameaçar, amedrontar, intimidar. Segundo informações da revista Nova Escola, “bullying é uma situação que se caracteriza por atos agressivos verbais ou físicos de maneira repetitiva por parte de um ou mais alunos contra um ou mais colegas”. Na era da informática em que vivemos tem se falado também do cyberbullying, a versão digital desta prática. O bullying nasce muitas vezes por causa dos desentendimentos entre diferentes tribos e na escola surge nas brigas entre as famosas "panelinhas" (divisões de uma mesma classe em grupos que tenham gostos em comum).

Um filme que trata da questão é Bang, bang, você morreu. O longa foi produzido em 2002 e retrata a vida do estudante Trevor Adams retornando para a escola após quase explodir (literalmente) o time de futebol. O garoto não praticou o ato, mas a intenção já rendeu grandes mudanças na segurança escolar. Trevor passa a frequentar o grupo de teatro coordenado pelo professor Duncan, que o incentiva a fazer a peça (que dá nome ao filme) e a continuar vivendo, já que o rapaz tenta diversas vezes cometer suicídio. Apesar da produção do filme ser bem simples, o roteiro estimula as discussões sobre bullying e mostra cenários da escola com as tribos bem distinguidas e não se relacionando, mas querendo destruir umas as outras e praticando atos de rejeição nos “mais fracos” da hierarquia escolar. (Mais sobre o filme aqui e artigo do site Canal de Imprensa aqui)


Por outro lado, temos uma das mais populares séries de comédia da televisão americana: Glee. Os episódios mostram o cotidiano do clube de coral de uma escola, aonde os membros do Glee Club são os mais baixos na cadeia alimentar escolar, sendo ignorados por todos e levando raspadinhas de suco de uva na cara quando menos esperam. As coisas começam a mudar quando novos membros passam a participar do coral: líderes de torcida, jogadores do time de futebol; todos precisam aprender a conviver uns com os outros, losers e populares, caso queiram cantar juntos. As ameaças externas continuam, mas a série mostra que é possível superar os preconceitos entre tribos caso exista uma amizade, ou ao menos respeito, entre os diferentes grupos. (Mais sobre a série no site Glee Brasil)

O bullying pode parecer briga de criança ou uma prática inocente e rara, mas é uma atitude bastante comum: uma pesquisa feita pela ONG Plan Brasil revelou que 28% dos alunos já sofreram maus tratos na escola. O bullying é uma atitude que pode causar danos para a vida inteira de uma pessoa e, ao mesmo tempo, é uma prática que poderia ser facilmente evitada desde que diferentes tribos conseguissem conviver com respeito umas com as outras.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

EMOtional Hardcore



Você já ouviu falar no "Emotional Hardcore"? Quem vem acompanhando o Nas Tribos, já conhece o hardcore, quem não faz ideia do que seja essa tribo (clique aqui).

Mas o que seria o estilo "emotional?"


Para quem não sabe, o Emotional Hardcore é o nome de batismo do conhecido estilo EMO.

Marcado pelo som pesado, rápido, quase punk... as músicas são predominantemente recheadas de letras introspectivas.
Mas não é apenas por causa das letras mais melodramáticoas que os emos demonstram sua principal característica. As atitudes e roupas, formam a identidade dessa nova tribo que está tomando conta das grandes cidades brasileiras.

Identificar um EMO não é difícil:

- franjinha pro lado, no caso dos meninos ,
- lacinho no cabelo pra elas,
- boné de lado para eles,

- piercing no canto do lábio,
- meia rastão ,

- colar de bolinha,
- cinto de rebite,
- botas do punk entre outros itens singulares
-

O clipe abaixo, de Maurício Ricardo, conhecido pelas charges no Big Brother Brasil, mostra de uma maneira engraçada, como são os emos, ao som da banda Seminovos.




"Emo é uma raçazinha de gente frágil... São roqueiros sensíveis que entendem o vazio da humanidade..." Os autores da música que embala a charge de Maurício Ricardo, em entrevista no Programa do Jô, conta como é essa tribo (clique aqui).

Por causa do estilo peculiar, bizarro para muitos, os EMOs que se consideram detentores de um estilo, no mínimo, original, ainda sofrem preconceito e perseguição.

O Programa "Brothers", da Rede TV!, dedicava um quadro especifico ao retratar "Confissões de um Emo". Veja abaixo.


sábado, 2 de outubro de 2010

O movimento Straight Edge

Beber uma cerveja com os amigos depois de um longo dia de trabalho, fumar após um dia estressante podem ser cenas comuns no nosso cotidiano, algo normal e corriqueiro. Porém, não para os Straight Edges. O modo de vida de uma pessoa que participa do movimento Straiht Edge é associado a música Punk e Hardcore defendendo a total abstinência em relação ao álcool, tabaco ou outros tipos de drogas: o Drug Free

Tudo começou no cenário Punk dos Estados Unidos, onde jovens menores de 21 anos não podiam entrar nas casas de shows para verem suas bandas favoritas de Punk/Hardcore porque havia a venda de bebidas alcoólicas. No clube Mabuhay Gardens em São Francisco, o dono do clube deixou o jovens entrarem para verem as bandas tocar adotando a prática de mancar um X na mão de cada menor com uma caneta para mostrar ao barman que aqueles rapazes não tinham maioridade para o consumo de bebidas alcóolicas. Os bares começaram a adotar o X e este veio a ser o símbolo máximo do Straight Edge, e muitas pessoas que participam desse modo de vida tatuam na mão o famoso X.

No Brasil o movimento chegou aos poucos, sendo adotado por algumas bandas como a Energy Induct, trazendo assim alguns adeptos. Conforme surgiam bandas com o mesmo ideal, os membros começaram a organizar shows independentes, evitando bares e casas noturnas. Um dos eventos é a Verdurada, que reune pessoas ligadas ao Straight Edge e ao Vegetarianismo/veganismo.


Veja uma Reportagem falando sobre o evento Verdurada, o Straight Edge e o Vegetarianismo:



Crédito foto: blogs.citypages.com