sábado, 20 de novembro de 2010
Experiências do outro lado do mundo
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Uma tribo da Alemanha oriental
1989, o muro de Berlim é derrubado e restam partes dele espalhadas pelo país. Artistas juntam-se e resolvem “decorar” a face oriental da muralha e, a partir daí, surge a East Side Gallery, uma exposição de grafites ao céu aberto.Se imaginar uma tribo em nosso próprio país e época já é complicado, mais difícil é tentar visualizar um grupo do outro lado do mundo e em um tempo de repressão. Mas os seres humanos são os mesmos em qualquer lugar e sentem necessidade de formar comunidades para mostrar aquilo que acreditam, como ocorre nas pinturas do muro. Os grafites foram feitos por artistas vindos de vários países, alguns famosos no meio e outros desconhecidos, porém todos mostrando sentimentos perante aquele antigo símbolo de separação.A região do muro de Berlim durante um tempo ficou conhecida como espaço perigoso e clandestino. Hoje várias tribos reúnem-se nos galpões abandonados do espaço e aproveitam a liberdade para expressar suas opiniões e fazer aquilo que eles gostam.
Os grupos, em sua maioria, necessitam de espaço público para praticarem suas atividades., locais estes que nem sempre estão disponíveis. O East Side Gallery é um exemplo de uso de um local abandonado para registrar a marca de uma tribo; não há donos nessas paredes, são somente artistas utilizando um símbolo da repressão para a expressão.
Mais sobre o Muro de Berlim no site DW que também traz sobre a restauração dos grafites. Sobre a East Side Gallery, vale a pena o video abaixo do programa Lugar Incomum, do canal Multishow.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Clube da Jardinagem
sábado, 13 de novembro de 2010
Tudo quase parecido
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Culturalista
Rose: Ah, na verdade, eu comecei com isto na época em que eu era apenas uma estudante. Aí acabei "adotando" o termo por acreditar que, independente da profissão, eu nunca serei nada por completo. Nem atriz, nem jornalista, nem cantora. Porque sempre tem mais pra aprender e pra crescer. Ainda mais quando falamos de arte, que trabalha diretamente com o ser humano, nunca há um limite, nunca se está formado.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
A moda é ser colorido
Banda CINE |
Banda RESTART |
Fans da banda Restart ''revoltam-se'' com o cancelamento do show:
Felipe Neto, que ficou famoso por seus videos no Youtube brinca ao falar sobre as Bandas coloridas.
sábado, 6 de novembro de 2010
São coisas que eu amo...
Caio Lopes é um desses. Aos 17 anos, ele é fã de musicais desde 2006 quando teve a oportunidade de assistir o DVD de O Fantasma da Ópera: “Eu vi e gostei, então no meu aniversário de 13 anos minha tia me levou ao Teatro Abril pra assistir a peça. Achei o máximo, era um espetáculo e tanto e tudo ao vivo, na minha frente!”, comenta. Depois desse “amor a primeira vista” Caio passou a pesquisar sobre o assunto e tenta, na medida do possível, não perder um musical.
Sobre qual a melhor produção que já passou pelo Brasil, o fã parece perdido em escolher apenas uma: “Todas as que eu fui, eu gostei muito. É meio brega dizer, mas tenho um carinho diferente por cada uma”. A indecisão não é para menos, já que os musicais estão cada vez maiores e mais constantes. Só nesse ano foi possível conferir O Rei e Eu, O Despertar da Primavera, Gipsy, O Médico e o Monstro, Cats, Hairspray, entre outros e, com estreias para o final do ano, os clássicos Hair e Mamma Mia. Todos são nomes que carregam orçamentos altíssimos e equipes imensas para reproduzir o que é feito lá fora com o jeito brasileiro.
E os fãs, sempre em busca de novidades, aliam-se para saber as notícias e demonstrar o carinho que tem por essas peças. Caio fez amizades através da rede social Orkut, na comunidade em homenagem a cantriz (cantora+atriz) Kiara Sasso: “Quando A Noviça Rebelde (peça na qual Kiara era protagonista) estava para encerrar a temporada, nós da comunidade combinamos uma homenagem a ela, tudo via internet. No grande dia eu acabei conhecendo todo mundo e mantemos contatos. É bem legal a relação, pois há troca de informações de bastidores que ficamos sabendo ou às vezes alguém tem ingresso sobrando e chama outra pessoa da comunidade”. (Na foto, Caio com a cantriz Kiara Sasso e a amiga Annelise que conheceu pela internet)
As movimentações dessa “tribo” levam a mudanças nas próprias produções, como ocorreu, em maio, com o musical O Despertar da Primavera. A peça teve sua temporada paulistana cancelada por causa da falta de patrocinadores e os fãs indignados se reuniram através das redes sociais e começaram a enviar e-mails, utilizar hashtags no twitter (#voltadespertar), até realizar flash-mobs e mostrar seu interesse pelo retorno. A iniciativa deu certo e O Despertar voltou para São Paulo para mais algumas apresentações.
Pessoas que se juntam para debater sobre aquilo que gostam, essa é a essência de uma tribo e é isso que os fãs de musicais fazem. Podem não se vestir de maneira específica, ou usar o mesmo penteado, mas compartilham do amor pelos espetáculos e da vontade de, por alguns minutos, divertir-se no palco ao som de suas músicas favoritas, e Caio completa: “Eu torço para que algum dia aconteça de eu participar de uma produção dessas”.
Para saber sobre as novidades, vale a pena visitar o site Musicais Brasil e o blog 9 People's Favorite Thing, atualizado por dois fãs do estilo teatral.
Sobre as produções é bom ficar de olho nos blogs dos atores/atrizes como, por exemplo, Kiara Sasso e Saulo Vasconcelos, ou dos diretores Charles Möeller e Claudio Botelho.
(O título dessa postagem veio da música Coisas que eu amo, da versão brasileira de A Noviça Rebelde. Video aqui.)
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Uma Guria Paulistana
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Eles são vegetarianos, panteístas e felizes
sábado, 30 de outubro de 2010
RAP - Ritmo e Poesia
- Atropelo: Invadir o espaço de outro grafiteiro.
- Break: Dança típica do rap que contém movimentos como o Giro de cabeça, rabo de saia, além de saltos mortais são alguns passos do break.
- Bomb: Forma contraída de bombardeio: grafites feitos sem autorização.
- Crew: Turma de grafiteiros que se reúnem para grafitar juntos.
- Coxinha: Policial
- Crocodilagem: Traição
- DJ: Disc-jockey ou operador discos. É o responsável de encontrar músicas, compositores e editar as batidas.
- Freestyle: Disputas de MCs no improviso.
- Grafite: Manifestação de arte com objetivo de transmitir uma mensagem, no geral, de protesto.
- Grafiteiro: O que faz grafite.
- Hip Hop: Hip = quadril, Hop = salto. União de elementos como o rap, o break, o grafite, DJ.
- Mano: Designação de um membro do grupo reconhecido como igual.
- Mil grau
: Afirmação de quem valoriza e apóia a atitude do outro. - Na gringa: No exterior.
- Produção: Grafite que atinge todas as classes.
- Rap: Rythm and Poetry (ritmo e poesia). É a música produzida por DJ e rappers com letra falada ou declamada.
- Rapper: Cantor do rap.
- Sampling: As técnicas de produção de uma música a partir de pedaços de outras.
- Toy: Grafiteiro ruim.
- Wild style: Estilo de grafite em que as letras são de difícil leitura.
- Zé Povinho: Indivíduo de atitude duvidosa.
- Break: Dança típica do rap que contém movimentos como o Giro de cabeça, rabo de saia, além de saltos mortais são alguns passos do break.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Uma paixão sem limites
Torcedores enfrentam longas viagens para acompanhar seus times e demonstrar amor e dedicação incondicionais pelos seus clubes de futebol
Fernando Laudilino dos Santos - Torcida: Gaviões da Fiel
(Sport Club Corinthians Paulista)
(Associação Portuguesa de Desportos)
Há quase 10 anos na Torcida, Rodrigo, 27 anos, atualmente é diretor de bateria e das faixas e bandeiras da Leões da Fabulosa. Ele logo se identificou com o clube e com a torcida, por morar perto do seu time do coração. Rodrigo já viajou várias vezes para torcer pela Portuguesa: "Já fui para Curitiba, Rio, Minas, Manaus, Belém, Florianópolis e várias outras cidades. Geralmente a viagem é cansativa porque muitas delas demoram cerca de 6 a 18 horas, como em Anapólis em Manaus que foram 8 horas de avião e mais 4 de balsa" Para ele vale todo o esforço: "O que me motiva é a história da torcida que sempre se fez presente nos estádios e também a paixão pelo time."
Nucléo feminino da torcida Inferno Coral
(Santa Cruz)
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Veja também: Este site fala de todas as torcidas organizadas do Brasil, com várias fotos, entrevistas e informações como o Estatuto do torcedor.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Tribo ou profissão?
No meio dos instrumentos se encontram distintas profissões, desde o professor até o arquiteto, mas nos sábados de manhã o objetivo desses mais de 80 componentes é um só: fazer música. Na mistura de idades, histórias e conhecimentos, a dificuldade está em conciliar todos esses talentos, aparentemente escondidos durante a semana, mas que vêm à tona quando estão à frente de uma partitura e de um regente.A música, muitas vezes, começa como um simples divertimento, mas essa "distração" pode crescer. Entre os instrumentistas da Orquestra SoArte, também se encontram aqueles que almejaram mais e hoje já são músicos profissionais. Para alguns essa arte pode ainda ser vista como puro entretenimento, mas a cada dia esse mercado tem crescido e há espaço para aqueles que se dedicam e estudam muito, já que a concorrência é grande. Aqui no blog as tribos são levadas a sério e o mero "gostar" pode se tornar uma formação acadêmica. No SoArte você encontra tanto aqueles que veem a orquestra como um compromisso do fim de semana (a ser levado a sério, mas não no patamar de uma profissão) como aqueles que sustentam suas vidas tocando um instrumento. Não importa se temos outras ambições, ou se nosso sonho é ser o novo talento da música; o que importa é que quando nos reunimos, nós fazemos uma das coisas que mais gostamos e mostramos o nosso talento, seja em uma tribo ou em uma profissão.
sábado, 23 de outubro de 2010
Entrevista II
Dando continuidade às entrevistas com profissionais que lidam com o comportamento humano, a conversa de hoje é com a psicóloga Nora Rabinovich. Ela nos conta qual a importância de fazer parte de um grupo, como isso afeta o homem e a influência disso na vida em sociedade.
Nas Tribos
Nora Rabinovich: O grupo quando sintoniza com nossas necessidades psicológicas permite desenvolver no indivíduo o sentimento que proporciona segurança emocional. Assim a pessoa sente-se protegida, apoiada, transmitindo o sentido de pertencimento, tão raro ao ser humano que se reconhece como gregário.
Nas Tribos: Não pertencer a um grupo, com interesses em comum, pode causar problema psíquico?
Nora Rabinovich: Os grupos podem funcionar como curadores sociais e a convivência atua como vacina contra as ameaças à saúde física e mental. Em determinados momentos de fragilização do indivíduo, tais como situações conflitivas e de vulnerabilidade, as relações sociais intensas e positivas vivenciadas nos grupos promovem companhia e prazer.
Nas Tribos: Qual o poder de influência do grupo em seus membros?
Nora Rabinovich: As identificações entre os pares promovem uma validação da identidade do sujeito e assim a autoestima dos seus membros fica preservada. A vida em grupo ajuda a conter angustias individuais.
Muitas vezes o contágio emocional entre os membros evidencia-se com clareza. O espírito de grupo: “um por todos, todos por um” proporciona desenvolvimento individual e grupal quando o objetivo é positivo. No entanto quando ansiedades e defesas dos seus membros cristalizam-se manifestam-se também estados regredidos que tomam conta do psiquismo. Vale dizer também que quando o grupo não reflete as necessidades do indivíduo , o sentimento de incompreensão podem ser potencializados chegando até extremos de fobia social e isolamento.
crédito da foto: totodacabeca.blogspot.com