sábado, 13 de novembro de 2010

Tudo quase parecido


Eles poderiam ter sido os personagens do filme que assistiram. Suas vidas formam uma tribo, um enredo, uma paixão.

“Lembro-me de Natalie Portam na pele de uma mulher misteriosa e sedutora, que mesmo sofrendo era apaixonante.”

“Vivia igual a personagem de Julia Roberts que tinha um cara incrível e apaixonado por ela, mas que se via intensamente envolvida por outro.”

“Descobri que a mulher com que vivia era uma estranha, só depois do fim de um relacionamento de anos conheci seu verdadeiro nome.”

Essas frases parecem desconexas e sem sentido, mas não para quem quase viveu ou assistiu o filme Closer. Andreia, Caroline e Rafael se conheceram em uma sessão de cinema que exibia as histórias permeadas de amor e traições de Anna (Julia Roberts), Dan (Jude Law). Larry (Clive Owen) e Alice (Natalie Portaman).

Exibido em 2004 e com direção Mike Nichols, Closer demonstra a contemporaneidade das relações, onde a barreira de ser um estranho e tornar-se íntimo é rapidamente vencida. A primeira cena do filme nos traz essa a visão, dali para frente as existências desses quatros personagens principais se cruzam, se tocam e se machucam.

“Nos identificamos muito com esse filme, cada um de nós trazia um pedaço dele. É estranho encontrar um estranho no cinema e começar a conversar com ele e ver que tem algo em comum. Seria uma benção? Ou tragédia?.” (Risos)

Dita essas palavras a professora de ensino médio, Caroline Abraão, abraça seu namorado, Rafael Santos, que lhe retribui o sorriso e sussurra: “Benção!”. Começaram a namorar pouco tempo depois que se conheceram naquele dia em que também estava a fotógrafa Isabel Vilaverde. O três hoje são amigos e assistem a dezenas de filmes juntos.

Como a fotógrafa do filme, Isabel era casada, mas se sentia atraída por outro homem, superando a depressão também conseguiu se separar e viver com quem realmente gostava. Já Rafael foi casado a anos e descobri três dias após a separação que sua mulher “Isadora” (ele não quis revelar o nome verdadeiro dela) nunca existiu. “Foi complicado, me senti sem chão, sem saber se vivi ou não uma realidade”, relata ele. E Caroline era quase a encarnação da personagem Alice, sedutora e misteriosa.

Eles acompanham filmes e veem principalmente filmes brasileiros. Gostam de estar por dentro dos bastidores e de onde foram feitas a gravações. Elogiam o mais recente lançamento Tropa de Eliete 2, o achando mais politico do que o primeiro. Essa tribo teve sua história nascida nos cinemas e a ele Rafael, Caroline e Isabel só tem a agradecer quando as luzes se apagam.

2 comentários:

  1. Esse filme é demais! Os personagens possuem uma simplicidade e uma complexidade impressionante!
    Closer é aquele tipo de filme que cada vez que você assisti consegue perceber novas coisas, compreender as situações de outras formas, enxergar-se ou não nos conflitos de cada personagem e nas guerras emocionais travadas entre eles e individualmente.

    Traições, amores, paixão, sofrimento, angustia, medo, perversão, sexo, tantos e tantos temas que se envolvem, se confundem e se misturam na relação quase amorosa criada entre os 4 personagens.

    Closer expõe muito bem como as pessoas tratam por vezes seus amigos, seus parceiros como objetos e propriedades e os conflitos emocionais gerados quando não temos o controle sobre essas pessoas.

    É um filme lindo que em alguns momentos é alegre e em outros é triste. Mas com certeza tem muito a nos ensinar.

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  2. fazendo link com o que a Lu disse... Esse filme pode ser visto como uma realidade da vida,um ponto de vista sobre a convivência entre 4 perfis pessoas com a qual temos que aprender a lidar e ter jogo de cintura. A.reflexão maior é, como estão os nossos laços? São verdadeiros e sólidos ou superficiais e sem importância?

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