terça-feira, 14 de setembro de 2010

Tribos em séries: nerds

O diferente sempre assusta e causa estranhamento e é por isso que se torna, também, tão interessante. Como já foi dito no início deste blog, o importante é esquecer os preconceitos e tentar entender porque as tribos atraem tantos seguidores. A mídia, neste sentido, tem o poder de espalhar os hábitos das mais diferentes tribos, e divulgar o comportamento destas para o grande público. Transmitir valores verdadeiros ou falsos é escolha do veículo de comunicação.O cinema, por exemplo, utilizou de um grupo para moldar um estereótipo bastante comum nas telinhas: o nerd. Os clássicos “filmes sessão da tarde” criavam grupos de amigos onde, costumeiramente, aparecia um colega de óculos, apreciador de ficção científica e quadrinhos e que não se dava muito bem nos relacionamentos: era um típico perdedor durante a trama. Desde então, essa caricatura dos nerds ficou gravada no inconsciente e tornou-se, erroneamente, sinônimo para qualquer ser humano que goste de cultura pop em geral (ou use óculos).
Em 2007, a CBS lançou The Big Bang Theory, uma sitcom que retrata a vida de dois jovens físicos que dividem um apartamento, Leonard (Johnny Galecki) e Sheldon (Jim Parsons), e seus amigos, Raj (Kunal Nayvar) e Howard (Simon Helberg). Assim como outras séries, TBBT exagera em alguns pontos (até para ressaltar o humor), principalmente no personagem Sheldon que simplesmente desconhece de qualquer conduta social fora de sua realidade nerd.
No entanto, a série se destaca por não colocar os físicos como perdedores, mas como protagonistas. A simpatia é imediata e, durante os trinta minutos do episódio, os personagens se tornam parte da vida do telespectador que não mais estranha as alusões a Star Wars ou comentários de física, já que o quarteto também sabe discutir outros assuntos quando necessário, como qualquer pessoa “normal”.



Exemplos assim mostram que as indústrias de comunicações podem trabalhar com as tribos, sem cair na caricatura. Estereótipos refletem opiniões simplificadas e sem conhecimento e a mídia deveria buscar o fim destas padronizações e mostrar que as tribos têm suas diferenças, mas, no final, possuem o mesmo objetivo: unir pessoas com gostos em comum.

Um comentário:

  1. Não tive paciência para ver essa série ainda. Já tenho um pé atrás com séries acompanhadas de risadas, mas parece que essa já virou febre. Ouvi "Bazinga" esses dias. Beijos.

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